Enquanto
Soledad prepara o Doce de Vênus, cozinha suas histórias. Desde sua
memória surge sua avó que nos revela os segredos do doce e a vida.
Tecida entre as suas confissões, revela-se uma pessoa diferente.
Declara-se uma pessoa gauche/torta.
Nesta experiência, Soledad vai cozinhar o doce que servirá como café e pão ao público.
"Eu,
Soledad del Monte, nascida no país da linha imaginária, sobrinha
neta da minha Tia Esperança, bisneta de Maria dos Milagres, me
apresento diante de vocês para oferecer o Doce de Vênus, uma
tradição familiar. Eu tenho muita afinidade com quedas e cozinhas.
Gosto de subir em cadeiras, escadas e varandas. Entre uma e outra
queda descobri uma certa habilidade para cair. Para isto, você tem
que se imaginar caindo por esses espaços vazios e, entre uma mesa de
cozinha ou o forno, pode estar a saída. Daí que as geladeiras são
girafas e os elefantes, grandes panelas. Nestas quedas, você
encontra todo tipo de pessoas e geladeiras. E, o que eu gosto mais é
desses encontros."
Nesta experiência, Soledad vai cozinhar o doce que servirá como café e pão ao público.