A casa do Patrick está cheia de quartos, escadas e corredores. Na minha imaginação começaram a funcionar como passagens e esconderijos onde a Soledad poderia brincar.
Pensei na possibilidade de ser parte deste labirinto.
Depois sonhei aparecer e desaparecer feito o gato de Alice.
E, no momento menos esperado... Paf! Apareci.
Ninguém falou, todos ficaram em silêncio.
Dentre os seres, humanos e animados, a manta foi a primeira a se posicionar.
"Isto aqui não é o que parece", ela disse.
"Não posso dizer o que é, mas vou lembrar num instante", ela também disse.
E, para evitar ser chamada de desmemoriada continuou seu discurso:
"Tome conta do sentido e os sons tomarão conta de si mesmos porque tudo tem uma razão de ser, se você encontrá-la."
Para mim que todo essa conversa da manta era simplesmente uma forma de passar tempo, ainda que é impossível passar o tempo porque ele está muito velho e cheio de rugas.
Sobre o tempo, foi minha vó que me ensino.
Ela também me falou das cozinhas e de como fazer parte delas. O segredo está em procurar um espaço onde possa aparecer e desaparecer.
O resto só depende do olhar de quem vê.
E, o olhar de quem vê pode estar atrás de uma câmera, atrás de uma panela...
ou dentro da manta.
Em outras palavras ou como ela mesmo diz: "Seja o que você parece ser".
Assim, entre seres, humanos e animados, cozinhas e esconderijos a Soledad está.
3 comentários:
Querida Coco
Que saudade de vc e de soledad. Falamos sempre de vc quando o assunto chega na cozinha hehehe. Vc é mesmo de casa, é íntima. Já está aqui conosco.
Merida me mandou email. Ele vem ate recife em Maio e estou tentando traze-la para Natal.
Um beijo grande
Henrique
Amiga, que saudade! Eu sei das suas últimas novidades, mas estou louco de vontade para saber como ficará os contornos do novo projeto.
Gostei muito de ler a postagem. Só senti falta do "cantinho do..." e da sua apresentação da Alice Bombom, nessa aventura. Além do seu olhar sobre Brasília. Preciso divulgar o meu de Salvador, também, nê?!
Beijocas! Espero em breve rever você e o Anatol!
Pá
Quero saber do seu olhar de Salvador, Patrick :)
Lindos comentários. Eu consegui estar lá em Brasília, na casa do Patrick, neste momento, mesmo depois de dias, apenas através das palavras.
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